Senhor, quão maravilhoso é isto, que Tu me aceitas!
E, ainda mais, que estas pessoas que a ti pertencem
Olham para mim e me estendem as suas mãos,
E vem falar comigo acerca de ti.
Se não fosse assim, como eu poderia saber o que tens para mim?
Porém, Tu me tens enviado tantas cartas...
Por dias, semanas, meses e anos.
Se não tivesses contemplado a minha pequena existência,
Nem mesmo terias permitido aos teus filhos me honrarem
Com um tal convite que me deixa pasmo.
Senhor, como é que Tu me enxergaste enquanto eu estava andando
No interior de pântanos mal-cheirosos,
E como é que decidiste que eu poderia ser chamado: “Filho”?
Pois conheces muito bem a minha frágil natureza,
E o quanto é para mim pesada qualquer uma de tuas leis mais suaves.
Porém, me julgaste capaz de cumpri-las todas,
Até a mais difícil, e para tal tarefa me elegeste.
Aqui estou, Senhor. Permite que a minha vontade
A tua acompanhe; faz-me conhecer o fruto dos teus caminhos.
Eu agradeço por todos os filhos que me enviaste.
Eu os amo, mas Tu conheces quão imperfeito é este meu amor.
Porém, se eu permanecer em ti ele atingirá a plena estatura,
Ainda que no meio da viagem o meu velho eu se perca.
Eu não quero temer afogar-me no rio do teu Espírito.
Senhor, arrasta-me nesta correnteza! Que eu possa ser,
Verdadeiramente, um de teus filhos.
Não afastes de mim a tua palavra e o teu olhar.
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